Da EPM para a Memória

Bem vindo ao Roteiro Turístico que os alunos de C-88 prepararam para que possas conhecer melhor alguns dos monumentos da Vila de Murça. Nesta página encontrarás informação sobre os vários monumentos. O que pode ser uma ajuda valiosa para o Quizz que a tua turma/grupo irá realizar.
Boa sorte e acima de tudo, diverte te !

Um mirante é um pequeno terraço num ponto elevado que permite a observação do largo horizonte. O muro mais alto, conserva o espaldar em ferro que coroava um dos portões da quinta, no qual constam os dígitos da antiga inscrição, centúria de 1800.

Capela de pequeno porte datada do final do Sec. XVIII, ano de 1815, de nave única com altar em madeira trabalhada, um nicho central com a figura de Santa Rita, sobre o sacrário ladeado por duas colunas simétricas.
O teto, pelo interior, é em régua de madeira pintada com motivo de arte sacra, em formato de abobada de berço.
Sobre o portal principal encontramos um janelão de forma retangular com gradeamento de proteção em estrutura quadrangular de ferro em que a moldura envolvente ao portal se prolonga até ao referido janelão, incorporando na sua padieira um sino de manuseamento manual. No intervalo entre a padieira do portal e o peitoril do janelão encontram-se inscritas a preto as palavras "Os D. João Pires e Castro, Manuel Pires e Castro e Dona Rita Caetano Dias e Castro, fundaram esta Capela no ano de M.D.C.C.C.X.V.=1815= Mandaram lavrar esta inscrição, Amélia Rita – De seus visavós Félix Augusto Pinto Comendador – Conego Francisco Maria Pinto, António Marculino – D. Elisa Amélia, D. Maria Joaquina, Elias do Carmo e os Filhos deste em 1896".

Este é um típico edifício de arquitetura educativa do Séc. 20. No ano de 1905 deu se a conclusão da escola, que então albergava 97 rapazes e 66 raparigas. Atualmente serve de sede para o Centro Interdisciplinar Transfronteiriço Inter Regional de Memória da Educação (CITRIME) que tem como principal objetivo salvaguardar o património da educação e fazer a ponte de ligação com a atividade turística.

Capela construída no séc. XVII, é um exemplo significativo da arquitetura religiosa Portuguesa do período pós renascentista, inserindo-se no estilo maneirista com influências Barrocas.
A sua fachada é sóbria, marcada por linhas retas e proporções equilibradas, típicas do maneirismo tardio, com um frontão triangular simples e uma sineira.
No interior, destaca-se o retábulo-mor em talha dourada, uma obra representativa do barroco nacional, com decoração exuberante, colunas salomónicas e elementos simbólicos associados à misericórdia cristã, como a cruz, o cálice e as figuras de santos protetores.
A capela reflete a evolução do gosto artístico local, desde a austeridade maneirista até à opulência barroca, sendo um bom exemplo da adaptação dos grandes estilos europeus à realidade artística e económica do interior português.
Na fachada principal encontram se, em latim, as seguintes inscrições:
Na esquerda: "a sabedoria edificou um templo para Si e, a pensar nele, talhou sete colunas"
Na direita: "Como é terrível este lugar: esta é a casa de Deus e a porta do céu".

É uma construção de origem provável quinhentista (século XVI), embora tenha sofrido várias remodelações ao longo dos séculos, especialmente no período barroco.
Possui um estilo arquitetônico de mistura de maneirismo rural e barroco popular, típico das pequenas capelas do interior transmontano.
O seu interior é bastante modesto, com um altar dedicado a São Sebastião, geralmente representado como mártir com o corpo cravado de flechas – um símbolo de proteção contra pestes, o que explica a sua devoção popular.
Representa a fé popular transmontana e a continuidade de práticas religiosas enraizadas nas comunidades rurais.

Em tempos de cavaleiros e princesas, o Rei tinha o poder sob algumas propriedades e entregava-as conforme entendesse. Aí surgiam alguns vínculos para proteger a propriedade de um grupo familiar durante muitas gerações. A esses titulares de propriedades chamavam morgados, ou como ficaram conhecidos em Murça "Morgadinhos". Esta habitação possui uma janela de ângulo e a sua construção data ao Séc.16.

Com uma identidade de residência nobre, a Casa dos Condes de Murça ostenta o brasão virado à praça onde se ergue o Pelourinho e a Câmara Municipal.

O Pelourinho de Murça, do início do século XVI, é um marco simbólico da autonomia municipal e da justiça local. Foi construído após a atribuição do Foral Novo por D. Manuel I, por volta de 1512, inserindo-se no contexto da reforma administrativa do reino.
Insere-se no estilo: Manuelino, com elementos decorativos típicos da época. É construído em pedra de Granito amarelo, assente sobre uma base de sete degraus, a coluna apresenta-se em forma torsa (espiralada).com um capitel decorado com brasões e símbolos régios, como o escudo de D. Manuel I.
No
que se refere á sua importância histórica, este representava o poder judicial e
administrativo da vila. Era igualmente o local onde se afixavam editais e,
simbolicamente, onde se executava a justiça.
É atualmente classificado como um Monumento Nacional desde 1910.

Também conhecido como Convento de São Bento, é um edifício histórico da Vila de Murça. Embora hoje, este não esteja a funcionar como Mosteiro, o edifício remonta ao período medieval possuindo uma grande importância histórica e arquitetônica na região.
Remonta ao Séc. XVII, tendo sido fundado por monges beneditino. Apresenta características do estilo Barroco, comuns nas construções religiosas da época. Serviu como local de culto e residência para a comunidade monástica beneditina, desempenhando um papel muito importante na vida religiosa e social da região. Começou inicialmente por ser um albergue para acolhimento de viajantes e peregrinos e para assistência de pobres e enfermos. Anos mais tarde e com a autorização do próprio Papa transformou-se num mosteiro para as religiosas da Ordem de São Bento. As primeiras religiosas chegaram no ano de 1587.
Atualmente pertence ao Município de Murça estando aí instalados os Serviços Municipais da Câmara .

Esta é uma escultura zoomórfica em granito, de origem proto-histórica, de estilo Arte castreja, típica das comunidades pré-romanas do noroeste peninsular, considerada como um dos mais enigmáticos e emblemáticos monumentos arqueológicos do norte de Portugal.
É uma escultura em Granito sob um pedestal, representa um Berrão de grandes dimensões, (Aproximadamente 1,60m de comprimento.
É uma escultura que remonta à Idade do Ferro (séculos V a II a.C.), atribuída à
cultura dos Lusitanos ou Galaicos, que eram povos indígenas do noroeste da
Península Ibérica.
A sua função exata é incerta, julga-se poder ter sido:
Um símbolo totémico ou protetor da comunidade, ou um marco territorial ou
mesmo um elemento funerário/ritual.
É no entanto um símbolo identitário de Murça, com forte presença na tradição
oral e no imaginário local.
Deu origem a lendas populares, que associam a porca à defesa mágica da terra ou
à fertilidade.
Está classificada como Imóvel de Interesse Público.
